terça-feira, 25 de março de 2008

Momento Curiosidade

Namoro e videogame: essa dupla dá jogo?

Sua mãe certamente não passou por uma situação como esta: um homem sentado em frente da TV, com os olhos vidrados, a boca inconscientemente semi-aberta e um joystick na mão, enquanto a sua mulher -ou namorada- apresenta uma cara emburrada e indignada. "Ué, vocês não tinham combinado de sair hoje?", pergunta uma terceira pessoa à mulher, que responde, tentando sem sucesso aparentar conformação: "Ele não conseguiu largar o videogame, outra vez".
É um problema moderno e que, embora possa parecer distante e até inusitado para alguns casais, é um problema sério para outros. Videogames, assim como outras espécies de jogos, podem causar vício real se utilizados em excesso por uma pessoa que tenha tendência. Uma prova disso é a comunidade "Meu namorado joga videogame" no Orkut, que tem quase 400 integrantes. Pelo teor dos tópicos, a comunidade bem poderia se chamar "Meu namorado me troca pelo videogame".
São vários tópicos de meninas desabafando, muitos escritos exatamente enquanto os namorados jogavam, e sempre respondidos por outras meninas aconselhando e consolando. O jogo preferido dos namorados negligentes é, sem sombra de dúvida, o futebol virtual do Winning Eleven. Por coincidência, entre as poucas namoradas que confessaram usar a estratégia do "se não consegue vencê-los, junte-se a eles", este foi também por unanimidade o único jogo para o qual elas admitiram não ter a menor paciência. Embora nenhuma das integrantes procuradas pela reportagem do Arena Turbo tenha dado alguma declaração, uma das mensagens publicadas no fórum resume bem a situação destas garotas: "Meu, jogar um pouquinho tudo bem! Mas ficar sem dormir, sem comer, fora trocar a namorada por essa coisa ridícula... Me ajudem, o que eu faço? Socorro, me dêem uma idéia! Pô, eu quero atenção do meu namorado!"


Érika Akemi, que não participa da comunidade mas também tem um namorado fã de videogames, diz que não tem tanto problema com a situação e racionaliza: "Se uma menina chega ao ponto de achar que está sendo realmente trocada pelo videogame, existe algo de muito errado na relação e o videogame acaba levando a culpa na história". Ela acredita na teoria de que cada um merece o seu espaço particular. "É claro que vai ter aquele dia em que o namorado prefere o jogo, assim como vai ter um dia que eu prefiro ficar assistindo TV. É preciso bom senso, cada lado precisa ceder um pouquinho - deixando claro que isso não significa que é necessário ser boazinha sempre, ceder em tudo, se anular etc. No meu caso, por exemplo, se eu vejo que ele está empolgado com um jogo novo e não vai fazer diferença pra mim, não vou ficar exigindo que ele fique do meu lado só para me sentir importante. Aproveito para ir fazer alguma coisa que eu goste e ele não."
Uma coisa pareceu bem clara durante a pesquisa para este texto: para cada tópico aberto por uma namorada desiludida e se sentindo ignorada, havia uma outra garota sugerindo que a primeira aprendesse a jogar para acompanhar o companheiro em seu hobby. Será que isso dá resultado? "Na verdade eu tento", contou Érika. "Não são todos os jogos que prendem a minha atenção, e eu não sou a pessoa mais habilidosa do mundo com um controle nas mãos. Geralmente é divertido, mas dependendo do jogo fica bem chato". E termina, provavelmente sem saber, dando a dica mais importante para os casais que tentam essa tática: "Só não gosto quando ele insiste que eu me dedique a algum jogo - o objetivo do jogo é se divertir, certo? Quando vira obrigação, cobrança, perde a graça."
Nesse ponto, pode-se dizer que os games no namoro são como o sexo. Se não for divertido para os dois, seja da maneira que for, não vale a pena insistir.


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